A caminhada por trilhas naturais é considerada um esporte de aventura e conhecido mundialmente como “Trekking”. Caminhar ao ar livre é divertido e saudável, não só para o corpo, mas também para o cérebro e a mente.

    Outras pesquisas fora do Brasil, como a realizada na Universidade Tecnológica de Chalmers, na Suécia, ressaltou que a natureza tem um impacto positivo na convalescença. A pesquisa constatou que até mesmo o mero ato de observar as árvores através de uma janela de hospital melhora as taxas de recuperação.

    De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Glasgow, na Escócia, foi comprovado que as pessoas que caminhavam ao ar livre tinham um menor risco de deterioração da saúde mental do que as pessoas que praticavam esportes em lugares fechado

   Por outro lado, um grupo de pesquisadores na Nippon Medical School de Tóquio descobriu que as mulheres que passaram seis horas em um bosque ao longo de dois dias tiveram um aumento dos glóbulos brancos que combatem vírus e tumores, e que o impulso durou por, pelo menos, sete dias.

    No livro “A Natureza Cura: Por que a natureza nos faz mais felizes, mais saudáveis e mais criativos”, a jornalista norte-americana Florence Williams descreveu a sua viajem pelo mundo para conhecer os cientistas de topo que investigam a influência da natureza no nosso cérebro e concluiu que o tempo passado ao ar livre não é um luxo, mas sim uma necessidade básica dos seres humanos – e até poucos minutos na natureza podem tornar-nos mais criativos e deixar-nos mais bem-dispostos.

    Ainda falando sobre benefícios comprovados, aqui no Brasil, estudos sobre o trekking nas escolas, como o realizado pelo professor Marco Aurélio Alves, do Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves, no estado do Paraná, colocou em suas considerações finais: “considera-se que a comunidade escolar tenha dado um salto de qualidade relevante no que diz respeito às questões ambientais do planeta em geral e da sua própria comunidade, se conscientizando da importância, enquanto ato de cidadania, de realizar pequenos gestos que farão toda a diferença para uma melhor qualidade de vida de todos. Espera-se também, que a introdução da caminhada, enquanto atividade física, conhecida por todos, mas pouco nominada dentro da cultura escolar, esteja em processo de reconhecimento enquanto modalidade esportiva a ser inserida no planejamento anual da Educação”.

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A prática do trekking pode mudar para melhor a qualidade de vida das pessoas:

 

1-Melhoria da força muscular, da resistência física, autoestima e do bem-estar.
2-Alívio do estresse, melhoria da circulação, da capacidade pulmonar, combate à osteoporose.
3-Afastamento da depressão, a conscientização sobre benefícios do peso em equilíbrio, proteção contra derrames e infartos, ajudar a pensar em meios para o controle do diabetes e melhoria na frequência cardíaca.
4-Conscientização da importância de mudar de atitude e comportamento nas questões ambientais, aprendendo a preservar, respeitar e cuidar melhor do meio em que vive.
5-O trekking de regularidade desenvolve a capacidade de trabalhar em equipe, ativando a criatividade, a paciência e promovendo a socialização e a solidariedade.
6-Também no trekking de regularidade é comprovado o desenvolvimento da capacidade de ordem técnica e cognitiva como: localização espacial com aprendizado da leitura de bússola e navegação natural, noções de regularidade e estimativa de distâncias no deslocamento e realização de check-in com equipamentos eletrônicos.