ESTRADA REAL

A história desse caminho.

      A Estrada Real é uma rede de caminhos e estradas que foram construídos durante o período colonial no Brasil, com o objetivo de facilitar o transporte de ouro e diamantes das Minas Gerais para os portos do Rio de Janeiro.

     A história da Estrada Real está intimamente ligada à exploração mineral no século XVIII, quando a região de Minas Gerais foi descoberta como uma das maiores produtoras de ouro e diamantes do mundo.

      A construção da Estrada Real começou no final do século XVII e continuou ao longo do século XVIII, sendo essencial para o desenvolvimento econômico da região. Ela foi construída com o trabalho escravo e conectava as cidades mineradoras do interior de Minas Gerais, como Ouro Preto, Mariana, Tiradentes e Diamantina, aos portos do Rio de Janeiro, como Paraty e Rio de Janeiro.

      Além de facilitar o transporte de riquezas minerais, a Estrada Real também foi importante para o desenvolvimento cultural e social da região, já que ao longo dela surgiram povoados, vilas e cidades. Hoje, muitos trechos da Estrada Real foram preservados e são utilizados para o turismo histórico e de aventura, atraindo visitantes interessados em conhecer a história e a beleza natural de Minas Gerais.

    A extensão total da Estrada Real é de aproximadamente 1.630 quilômetros, abrangendo diversos caminhos e ramificações que conectam as antigas áreas de mineração em Minas Gerais aos portos do Rio de Janeiro. Essa extensão total inclui os três principais caminhos: o Caminho Velho, o Caminho Novo e o Caminho dos Diamantes, além de outras rotas menores e alternativas.

A Estrada Real é repleta de marcos históricos que contam a história da região e do Brasil colonial. Alguns dos principais marcos ao longo da Estrada Real incluem:

1. Igrejas e capelas: Ao longo da rota, é possível encontrar diversas igrejas e capelas barrocas, construídas durante o período colonial para atender às necessidades espirituais das comunidades locais. Exemplos notáveis incluem a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto, e a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, em Tiradentes.

2. Casarões coloniais: Muitas das cidades e vilas ao longo da Estrada Real possuem casarões coloniais bem preservados, que serviam como residências de famílias abastadas ou como sedes administrativas durante o período colonial. Esses casarões são testemunhos da arquitetura e do estilo de vida da época.

3. Antigos postos de guarda e pedágio: Para controlar o fluxo de pessoas e mercadorias ao longo da Estrada Real, eram estabelecidos postos de guarda e pedágio em pontos estratégicos. Alguns desses postos foram preservados e podem ser visitados hoje em dia, como o Posto de Guarda de Itatiaia, em Ouro Branco.

4. Pontes e viadutos: A Estrada Real atravessa diversas paisagens naturais, incluindo rios e vales, o que exigiu a construção de pontes e viadutos para facilitar o transporte. Alguns desses elementos arquitetônicos ainda podem ser vistos ao longo da rota.

5. Monumentos históricos: Além dos marcos naturais e arquitetônicos, a Estrada Real também possui monumentos históricos que homenageiam figuras importantes da história do Brasil colonial, como o Marco Zero da Estrada Real, localizado em Ouro Preto, que marca o início da rota em direção ao litoral.

Esses são apenas alguns dos muitos marcos que pontuam a Estrada Real, cada um contribuindo para contar a rica história e cultura das regiões que ela atravessa.

DICAS PARA O TREKKING

   

       O calçado adequado é muito importante para a caminhada. Botas para trekking são as mais indicadas porque ajudam a proteger o tornozelo e geralmente tem um solado feito para ajudar na caminhada em terrenos irregulares. Tênis e outros calçados esportivos também podem ser usados. Viseiras, bonés e chapéus são acessórios bem importantes para proteger do sol. Calças compridas são mais adequadas que bermudas ou shorts porque ajudam a proteger as pernas de arranhões ou insetos. levar uma garrafinha água também é muito importante. 

Encontro de vários setores discute criação dos Caminhos Macaúbas-Piedade

Foi realizado na manhã do sábado dia 09/12/2023, no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Pinhões, o 1º Encontro Caminhos Macaúbas-Piedade, no qual foram discutidas, por representantes dos vários setores envolvidos, as bases para a criação de um caminho turístico ligando duas localidades da região – o Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Macaúbas, em Santa Luzia, e a Serra da Piedade, em Sabará e Caeté – as quais, em linha reta, distam cerca de 20km uma da outra.

O caminho

O Caminho, que pela superfície terá 40km, predominantemente planos, passará pelo bairro de Pinhões, integrará a Rede Brasileira de Trilhas e deverá servir a três propósitos: recreação e saúde, geração de renda e conservação ambiental. Rica em cultura e biodiversidade, a trilha, considerada de longo curso, poderá ser percorrida através de caminhada, bicicleta ou cavalgadura. A ideia, que está sendo coordenada pelo Subcomitê Poderoso Vermelho, pertencente ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), baseou-se nos 12 caminhos de longo curso europeus, sendo o mais conhecido deles o de Santiago de Compostela, uma aventura de 800km que une Portugal, França e Espanha. Também os norteamericanos, serviram de exemplo. Mas já há trilhas bem sucedidas em terras mineiras, como a Transespinhaço, que parte de Ouro Branco e vai em sentido norte, por 1200 km, até além de Diamantina, cortando 42 cidades de Minas. O Encontro reuniu cerca de 40 pessoas e foram apresentados e discutidos aspectos que compõem o desenvolvimento dessa iniciativa como, por exemplo: traçado do trajeto, sinalização, segurança, infraestrutura (pontos de apoio), controle do turismo predatório, rede de voluntariado, participação das comunidades com seu rico Patrimônio Cultural Imaterial etc. O evento deu início a um ciclo de encontros, debates e palestras que deverão acompanhar o desenvolvimento dos Caminhos.

Participantes

Representando a Prefeitura de Santa Luzia, que dá total apoio à iniciativa, estiveram presentes os secretários da Cultura e do Turismo, Cassiano Boldori e do Desenvolvimento Econômico, Russlan Abadjieff. E ainda: Adalberto Andrade Matheus (IEPHA e Associação Cultural Comunitária de Santa Luzia); Neise Mendes Duarte (Analista do MPMG, historiadora e mestre em arqueologia pela UFMG); Rafael de Araújo Teixeira (Trilha de Longo Curso Transespinhaço e Trilhas do Brasil); Marcelo Bastos, (Conselheiro do Subcomitê Poderoso Vermelho e do Refúgio Estadual de Vida Silvestre Macaúbas, membro da Associação de Pinhões); Fabiana Almeida (Turismóloga, mestre e doutora em Geografia pela UFMG); Marcelo Serra (Presidente da FEMITEP – Federação Mineira de Trekking e Enduro a Pé); Jânio de Lima Marques (Presidente da Associação de Ecoturismo de Taquaraçu de Minas); Marina Vasconcelos Gomide (Antropóloga com habilitação em Arqueologia pela UFMG); e, Gustavo Villa (Bacharel, licenciado em História pela PUC, com extensão em Pedagogia Waldorf pela UNB).

 

Muitas equipes na trilha de Itatiaiuçu
A caminhada foi realizada com o patrocínio da Mineração Usiminas, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte de Minas Gerais.

       Itatiaiuçu recebeu a primeira etapa do Circuito Mineiro de Trekking de Regularidade – Cidades II, no domingo, dia 5 de março de 2023. A caminhada teve a concentração a partir das 8h, na Praça Antônio Quirino da Silva, onde foi montada a estrutura, com tendas para a recepção dos participantes, música e área gastronômica. A largada aconteceu a partir das 9h.

       O evento, realizado pela Federação Mineira de Trekking e Enduro a Pé (Femitep) com o patrocínio da Mineração Usiminas, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte de Minas Gerais, teve o apoio do Instituto Usiminas e da Prefeitura de Itatiaiuçu. A iniciativa faz parte da programação de aniversário do município, que completou 60 anos em 1º de março.

Curso de trekking de regularidade

      No sábado do dia 22 de outubro de 2022 a Federação Mineira de Trekking vai oferecer um curso gratuito para qualquer pessoa que quiser conhecer sobre o trekking de regularidade. Esse esporte nasceu dos rallys de jipe e a proposta é percorrer a pé uma trilha seguindo as instruções da planilha de navegação e as orientações da bússola.

Esse curso está inserido no projeto Circuito Mineiro de Trekking de Regularidade, viabilizado através da Lei de Incentivo ao Esporte de MG e apoiado pela Gasmig.